terça-feira, 4 de maio de 2010

Literatura pelo mundo

Literatura sueca - Parte I

As Leis Provinciais (landskapslag) são os mais antigos textos em sueco. Foram escritas nos séc. XI e XII, e refletem a sociedade medieval e as suas normas. A Antiga lei da Västergötland foi escrita por Eskil Magnusson por volta de 1220. A Lei da Uppland foi decretada em 1296, tendo como provável autor Birger Persson.Apesar de estes documentos serem em sueco, a maior parte da literatura medieval da Suécia era escrita em latim, e tinha caráter religioso. O Convento de Vadstena, foi um importante centro cultural, e foi lá que a Santa Brígida escreveu as suas Visões celestiais.

O romantismo sueco partiu essencialmente da associação Auroraförbundet e da sua revista Phosphoros, publicada em 1810-1813. Esaias Tegnér e Gustav Geijer representam a corrente do romantismo nacional, impulsionada pela associação Götiska förbundet. No romance romântico, a figura central é Carl Jonas Love Almqvist, que escreveu Törnrosens bok, e mais tarde Det går an, já a caminho do realismo.

O relismo na Suécia foi marcado pelo aparecimento do jornal Aftonbladet em 1830. A corrente realista sueca estava ligada à corrente política do liberalismo. Foi nesta época que a imprensa e o conto atingiram um grande público. O realismo literário está representado por escritores como Fredrika Bremer, Carl Jonas Love Almqvist e Erik Gustaf Geijer. Carl Jonas Almqvist escreveu simultaneamente em estilo romântico e realista. August Strindberg dominou a cena literária sueca, e foi um dos introdutores do naturalismo na Suécia. As suas obras Röda rummet, Svenska folket och August Strindbergs lilla katekes för underklassen combinam realismo com crítica socialista. Em Hemsöborna é o naturalismo e o evolucionismo que estilizam a obra.No género dramático, Fadren e Fröken Julie, assumem plenamente o naturalismo. Strindberg exerceu influência sobre escritores como Jan Myrdal, Franz Kafka, Eugene O’Neil, Lars von Trier, e cineastas como Ingmar Bergmann.

Através da da sua obra Vallfart och vandringsår (1888), carregada de romantismo, individualismo e sensualismo, Verner von Heidenstam marca o rompimento com o realismo e o naturalismo. Gustaf Fröding confirma a nova época com seu livro Guitarr och dragharmonika (1891). O Fim de século, na Suécia, denota um cansaço e decadência de valores e expetativas. Está associado ao neo-romantismo e ao simbolismo. Sven Lidman e Hjalmar Söderberg, encorporam este estado de alma. O simbolismo na Suécia assinala uma revolta contra a moral social, e tem alguma ressonância na obra de Strindberg, e mais tarde, Sven Lidman e Vilhelm Eklund. Selma Lagerlöf, Nobel da Literatura, também rompeu com o ideal da objetividade realista no seu clássico Gösta Berlings saga, publicado em 1891. Outra obra clássica da sua autoria é A maravilhosa viagem de Nils Holgerssons através da Suécia (Nils Holgerssons underbara resa genom Sverige). Já na viragem do século, o poeta Karlfeldt traz a Dalecárlia folclórica ao salão eterno da poesia. O Prêmio Nobel é instituído em 1901, passando a ser atribuído anualmente pela Academia Sueca. Entre os galardoados estão três escritores desta época: Verner von Heidenstam, Selma Lagerlöf e Erik Axel Karlfeldt.


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