domingo, 30 de setembro de 2012

Literatura pelo mundo - Inglaterra (parte III)


Romantismo

A mudança da paisagem da Inglaterra trazida pela maquina a vapor teve duas conseqüências mais significativas: o crescimento explosivo da industrialização com a expansão das cidades, e a conseqüente queda da população rural como resultado da limitação ou privatização dos pastos. Muitos dos camponeses dirigiram-se para as cidades para trabalhar nas novas fábricas.

Esta abrupta mudança é revelada pela mudança de cinco palavras: industry (que significava "criatividade"), democracy (que era utilizada como desprezo como "multidão"), class (agora também usada com uma conotação social), art (que significava "artesanato"), culture (que se referia somente a fazendas).
Mas as pobres condições dos trabalhadores, os novos conflitos de classe e a poluição ambiental causada como conseqüência do urbanismo e industrialização leva os poetas a redescobrir as belezas e valores da natureza. Mãe terra é vista como a única fonte de conhecimento, a única solução problemas causados pelas maquinas.

A superioridade da natureza e instinto sobre civilização foi pregada por Jean Jacques Rosseau e sua mensagem foi adotada por quase todos poetas Europeus. O primeiros ingleses foram Lake Poets, um pequeno grupo de amigos incluindo William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge. Estes novos Poetas Românticos trouxeram uma nova emoção e introspecção, e seu surgimento marcou o primeiro manifesto romântico na literatura Inglesa, O Preface to the Lyrical Ballads. Esta coleção se deveu mais da contribuição de Wordsworth, embora Coleridge deva ser creditado seu longo e impressionante "Rime of the Ancient Mariner", uma trágica balada sobre um demônio que primeiro mata e então possui um grupo de marinheiro em um bote nos mares do sul.

Coleridge e Wordsworth, porem, compreendiam o romantismo de duas maneiras inteiramente diferentes: enquanto Coleridge procurava tornar o real sobrenatural (muito parecido com filmes de ficção cientifica que usam efeitos especiais para tornar coisas impressionantes criveis), Wordsworth procurava mesclar a imaginação dos leitores através de figuras bem terra a terra retirada da vida real (por exemplo no The Idiot Boy), ou no beleza de Lake District que inspirou profundamente sua produções (como em Tintern Abbey).
A "Segunda geração" de poetas românticos incluem Lord Byron, Percy Bysshe Shelley, Mary Shelley e John Keats. Byron, contudo, era ainda influenciado por sátiras do século 18 e era, talvez o ultimo 'romântico' dos três. Seus amores com um numero proeminente de senhoras casadas era também um modo de verbalizar sues dissentimento da hipocrisia de uma alta sociedade que esta aparentemente religiosa mas de fato altamente libertina, a mesmo que tinha ridicularizado sua condição física. Sua primeira viagem para Europa resultou em seus dois primeiros cantos de Childe Harold's Pilgrimage, um épico anti-herói das aventuras de um rapaz na Europa, mas também uma refinada sátira da sociedade Inglesa. A despeito do sucesso de Childe Harold' no seu retorno para Inglaterra, acompanhado pela publicação de The Giaour e The Corsair seu alegado romance incestuoso com sua meia irmã Augusta Leigh em 1816 acabou forçando-lhe a deixar a Inglaterra para seu bem e buscar asilo no continente. Onde ele juntamente com Shelley, sua esposa Mary, com seu secretário John Polidori nas praias do Lago Geneva em 1816.

Embora seja justamente uma cura história, Polidori deve ser considerado creditado para introdução de The Vampyre para literatura Inglesa. Shelley, como Mary, tinham muito em comum com Byron: Ele era um aristocrata de uma família famosa e antiga, tinha abraçado o ateísmo e o livre pensar, como ele, tentando escapar de escândalos na Inglaterra.

Percy Shelley foi expulso da Universidade de Oxford por declarar abertamente seu ateísmo, no tratado "A Necessidade do Ateísmo", e da Inglaterra por defender a independência da Irlanda. Em 1811, com 19 anos, Shelley se casa com Harriet Westbrook, de quem ele iria se separar, três anos depois, para se casar com Mary (Harriet tirou sua própria vida após isto). Depois do nascimento da primeira filha do casal, Harriet não dava atenção aos interesses de Shelley. Mary era diferente: filha de William Godwin, um filósofo e revolucionário, ela compartilhava de seus ideais, era um poeta, e uma feminista como sua mãe, Mary Wollstonecraft, características que faltavam em Harriet. Manteve um caso com Mary, com quem mais tarde tornaria pública a união.

O melhor livro de Shelley foi "Ode to the west wind". A despeito de sua aparente recusa em acreditar em Deus, este poema é considerado uma homenagem ao panteísmo, o reconhecimento de uma presença espiritual na natureza.

Mary Shelley não voltava na história para sua poesia, mas para dar o nascimento a ficção científica: o desenho para um romance é dito ter vindo de um pesadelo durante uma tempestade noturna no lago Geneva. Sua ideia de fazer um corpo com partes humanas roubadas de diferentes corpos e então anima-lo com eletricidade foi talvez influenciado pela invenção de Alessandro Volta e experimento de Luigi Galvani com sapos mortos. A história requentada de Frankentein também sugere modernos transplantes de órgãos, regeneração de tecidos, lembrando-nos das implicações morais levantadas pela medicina de hoje. Mas a criatura Frankenstein é também incrivelmente romântica. Embora "o monstro " seja inteligente, bom e apaixonado, ele é evitado por todos devido a sua feiúra e deformidade e o desespero que resulta da exclusão social o torna em uma máquina assassina que eventualmente mata seu próprio criador.

Provavelmente John Keats não compartilhava os ideais revolucionários de Byron e Shelley, mas seu culto do panteísmo e tão importante quanto para Shelley. Keats era apaixonado pelas antigas pedras do Parthenon que Lord Elgin tinha trazido para Inglaterra da Grécia, também conhecida como a Mármores de Elgin. Ele celebrava a Grécia antiga: a beleza da liberdade de casais de jovens amantes como aqueles da arte clássica. A grande atenção de Keats para arte, especialmente em sua "Ode on a Grecian urn" e algo muito novo no romantismo, e isto irá inspirar a crença de Walter Pater e então de Oscar Wilde no valor absoluto da arte como independente da estética.

Jane Austen escreveu romances sobre a vida da classe rural, vista do ponto de vista de uma mulher, e de maneira irônica focada em praticas sociais, especialmente focadas em temas sociais, especialmente o casamento e o dinheiro.

Literatura victoriana

Foi na era Victoriana (1837-1901) que o romance tornou-se a forma principal da Literatura Inglesa. A maioria dos escritores estava agora mais concentrada em agradar o gosto do público leitor da classe média do que de seus patronos aristocratas. O melhor dos trabalhos conhecidos da era incluem trabalhos poderosamente emocionais das irmãs Brontë; a sátira Vanity Fair de William Mackpeace Tackeray; os romances realistas de George Eliot; e os criteriosos retratos de Anthony Trollope da vida da classe artesã e camponesa.

Charles Dickens emergiu no cenário literário em 1830, confirmando a tendência para publicações em série. Dickens escreveu vividamente sobre vida de Londres e esforço do pobre, mas em estilo bem-humorado o qual era aceitável por leitores de todas as classes. Seus trabalhos iniciais tais como The Pickwick Papers (Os Documentos Póstumos do Clube Pickwick) eram uma obra prima da comédia. Mais tarde seus trabalhos tornaram-se sobrinhos, sem a perda de seu gênio para caricatura.

Um interesse em assuntos rurais e mudanças da situação sociais e econômicas do país podem ser vista nos romances de Thomas Hardy e outros. Figuras de liderança poética da era Victoriana estão incluídas Alfred Tennyson, Robert Browning e sua esposa, Elizabeth Barrett Browning.

A literatura para crianças era publicada durante o período Vitoriano, alguns dos quais se tornaram bem-conhecidos, tais como o trabalho de Lewis Carroll que era um representante do verso sem sentido, com era Edward Lear Também na época surgiu Sherlock Holmes, escrito por Sir Arthur Conan Doyle, e foi um dos personagens mais importantes da literatura na época. Sua primeira aparição foi no livro : Um estudo em vermelho.

Literatura eduardiana

O escritor mais largamente popular do século 20 era indiscutivelmente Rudyard Kipling, um escritor altamente versátil de romances, histórias curtas e poemas, freqüentemente baseados em suas experiências do domínio britânico na Índia. Kipling era intimamente associado com o imperialismo e isto manchou sua reputação em tempos mais recentes.

Literatura da era georgiana

Os poetas georgianos mantiveram uma abordagem conservadora para a poesia.

As experiências da Primeira Guerra Mundial foram refletidas no trabalho da poesia da guerra tais como Rupert Brooke, Issac Rosenberg, Edmund Blunden e Siegfried Sassoon. Muitos escritores voltaram-se temas patriotas e imperialistas como resultado da guerra, notavelmente Kipling.

John Buchan foi pioneiro em um novo tipo de ficção, o romance de espionagem e obteve grande popularidade durante e depois da Primeira Guerra Mundial.

Literatura modernista

Entre os importantes romancistas de entre as duas Guerras Mundiais incluem Evelyn Waugh, D. H. Lawrence e Virginia Woolf, um membro do Grupo de Bloomsbury. Alem do Bloomsbury group, the Sitwells também acolhiam uma facção artística e literária, porem menos influente. H. G. Wells foi um pioneiro da ficção científica. A critica de George Orwell do totalitarismo acrescentou a palavra Orwellian a lingua Inglêsa. A distopia de Aldous Huxley em Brave New World e J. G. Ballard são os percusores do moviento cyberpunk.

W. H. Auden, Stephen Spender, Ted Hughes e Philip Larkin são importantes poetas. Outros notaveis escritores incluem Muriel Spark, Daphne du Maurier, Margaret Drabber, Iris Murdoch, Anthony Burgess (que ficou conhecido como o "o ultimo modernista "), Kingsley Amis, Graham Greene, G. K. Chesterton. Escritores de literatura popular incluem P. G. Wodehouse e Agatha Christie.

Nenhum comentário:

Postar um comentário