domingo, 30 de setembro de 2012

Resenha - O capote/O retrato (Nikolai Gogol)

Editora: L&PM Pocket
Ano: 2000
Páginas: 152


Sinopse:

Gogol nasceu na Ucrânia , em 1809, e morreu em Moscou em 1852. Contista genial, romancista e teatrólogo, é considerado um dos fundadores da moderna literatura russa. Mal adaptado ao mundo Gogol morreu amargurado, vítima de alucinações, revoltado com seu tempo, a arte e a política. Renovador e vanguardista, trouxe para a literatura russa o realismo fantástico e escreveu algumas obras-primas do conto universal, como O Diário de um Louco, ambientado em São Petesburgo, um conto que mistura realidade e sonho; O Nariz, uma farsa absurda e inquietante: o Capote, um clássico, e o Retrato, que acrescenta lirismo à obra de Gogol.

Opinião:

Os dois contos presentes no livro satirizam a Rússia do século XIX. Mostra a real posição das pessoas na sociedade. O autor satiriza o sistema, não perdoando sequer a polícia no primeiro conto, O CAPOTE.

Como a maioria das obras de autores russos, os contos apresentam uma leitura carregada, tanto do lado emocional quanto psicológico, com forte poder crítico. O vocabulário não é rebuscado, mas é necessário paciência para interpretá-lo.

O segundo conto, O RETRATO, é mais monótono, mas não de menor qualidade. Cito abaixo uma passagem interessante desse conto:

"O pintor-criador é tão eloquente no insignificante como no sublime; o ínfimo nele já não é desprezível, pois através dele transparece imperceptivelmente o maravilhoso espírito do que foi criado, e o insignificante recebe uma expressão sublime, pois fluiu pelo purgatório da sua alma".

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