A literatura da Romênia diz respeito, não só às obras de autores
daquele país, mas também àquelas escritas em língua romena. Os primeiros
escritos em língua romena datam do século XVI, contudo, é possível encontrar
palavras romenas (nomes de pessoas, lugares) em textos anteriores (séculos
XI-XV).
Nesta época, na qual poucas
pessoas compreendiam o eslavo que era falado dentro das igrejas (que detinha
maquinário tipográfico e gente capacitada), surgiu a necessidade de se publicar
textos religiosos em língua nacional. Assim, aparecem na Transilvânia os
primeiros manuscritos em língua romena, muito embora os mesmos não sejam
datados, acredita-se que sejam anteriores ao primeiro documento datado: uma
carta escrita em 1521, endereçada a um juiz de Brasov, na Transilvânia. A
publicação de textos religiosos foi um dos elementos que serviram para a
unificação do idioma. A bíblia publicada em Bucareste (1688), por exemplo,
contribuiu para generalizar o idioma falado na Muntênia, e impô-lo como
fundamental a três regiões (Muntênia, Transilvânia e Moldávia).
Cabe aos historiadores o mérito
de terem escrito as primeiras obras originais em romeno. A história da formação
da Romênia foi relatada em forma de crônicas que datam em sua maior parte do
século XVII.
Durante a formação da
literatura moderna na Romênia, dois fatores marcaram uma nova orientação: o
movimento denominado Escola Latina da Transilvânia, que girava em torno de
ideais de nacionalismo, história e filologia; e a intensificação do contato com
o Ocidente, que progressivamente desvinculou a influencia helênica exercida
sobre a língua e cultura, trazendo-as para o mundo românico.
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